A companhia explora nesse trabalho, o movimento mínimo, fragmentado, estilhaçado, como se honrassem cada célula do corpo separadamente. Buscam o gesto essencial, coordenado com extrema sofisticação sensorial e, ao mesmo tempo, com um olhar projetado em direção ao simples.
Porém, esse mesmo movimento delicado, ao se integrar ao movimento do outro, estabelece uma estrutura complexa e inusitada onde a interdependência nos remete à idéia do crescimento irregular de um vegetal acoplado ao outro, intercambiando oxigênio. JN trata, metaforicamente, do florescimento dos vegetais, de sua história secreta, misteriosa e sutil.
Em JN as personagens germinam na obscuridade, confiando na noite e na sua capacidade de guardar segredos. Personagens que extraem de seus iguais, o verve que perspassa seus sistemas em forma de resiliência para que progridam na precariedade do cotidiano e atravessem, ao mesmo tempo, noites escuras da alma.
A companhia tenta com esse trabalho, resgatar a imaginação e a habilidade de seus integrantes, de se recriarem assim como sonham seus corpos, se valendo, enfim, do presente de suas presenças e a presença do presente que é a própria existência.
lindo.
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