quarta-feira, 13 de julho de 2011
domingo, 3 de julho de 2011
Trabalho em técnica mista 80cm X 1m
sexta-feira, 24 de junho de 2011
sexta-feira, 20 de maio de 2011
OBJETO GRITANTE
Objeto Gritante é o resultado de duas visões distintas no que se refere a maneira de materializar o que se
concebe como razão artística. Duda Paiva e Mauricio de Oliveira se reunem pela primeira vez, num âmbito de puro desejo de compactuar e de trocar informações.
Duda Paiva traz na bagagem a vertente narrativa e simbólica na composição cênica, que se intercambia com a maneira abstrata e sintética de Mauricio de Oliveira elaborar os sonhos. E o resultado disso, é uma surpreendente parceria que inaugura uma nova possibilidade no percurso de ambos os criadores.
Objeto Gritante trata diretamente das questões da utlização das máscaras assim como também do ofício dos artistas das artes cênicas. Ofício esse que, diante de circunstâncias socio-culturais sofre uma influência considerável quanto a maneira de externar essas visões.
No palco, o resultado disso é uma espécie de tratado sobre a solidão e a transparência desses nômades que na busca da inteireza, não sabem ao certo como utlizá-las e como continuar a trajetória em busca dessa elevação da qualidade do ser.
A pergunta que se lança ao público é: o que fazer com o que se conquista em um nível de imaterialidade? como dar corpo e valor àquilo que não se vê?
Qual é o peso desses valores conquistados silenciosamente na nossas trocas do cotidiano?
Objeto Gritante significa, além das perguntas lançadas, um resgate, um apaziguamento das diferentes personas que habitam o interior do nosso ser. E é diante desses conflitos que uma nova perspectiva se desenha na maneira de configurar e estruturar idéias que se mostram, justo no momento angustiante da busca de caminhos que o artista traz naturalmente com sua própria existência.
concebe como razão artística. Duda Paiva e Mauricio de Oliveira se reunem pela primeira vez, num âmbito de puro desejo de compactuar e de trocar informações.
Duda Paiva traz na bagagem a vertente narrativa e simbólica na composição cênica, que se intercambia com a maneira abstrata e sintética de Mauricio de Oliveira elaborar os sonhos. E o resultado disso, é uma surpreendente parceria que inaugura uma nova possibilidade no percurso de ambos os criadores.
Objeto Gritante trata diretamente das questões da utlização das máscaras assim como também do ofício dos artistas das artes cênicas. Ofício esse que, diante de circunstâncias socio-culturais sofre uma influência considerável quanto a maneira de externar essas visões.
No palco, o resultado disso é uma espécie de tratado sobre a solidão e a transparência desses nômades que na busca da inteireza, não sabem ao certo como utlizá-las e como continuar a trajetória em busca dessa elevação da qualidade do ser.
A pergunta que se lança ao público é: o que fazer com o que se conquista em um nível de imaterialidade? como dar corpo e valor àquilo que não se vê?
Qual é o peso desses valores conquistados silenciosamente na nossas trocas do cotidiano?
Objeto Gritante significa, além das perguntas lançadas, um resgate, um apaziguamento das diferentes personas que habitam o interior do nosso ser. E é diante desses conflitos que uma nova perspectiva se desenha na maneira de configurar e estruturar idéias que se mostram, justo no momento angustiante da busca de caminhos que o artista traz naturalmente com sua própria existência.
terça-feira, 12 de abril de 2011
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
O Outro Também Sou Eu
É atravessando uma paisagem longínqua que escutamos, no escuro, o reverberar de um desejo antigo, milenar, que viaja de uma habitação a outra, através do tempo, utilizando-se destas ferramentas de
perpetuação da vontade: as construções arquitetônicas feitas de ossos, carne, artérias e veias. E é por meio dessa vontade que não se denomina e que é misturada a outras que contenham o mesmo teor que percebemos uma fala, como eco, uma reprodução que se amplia . Isso, na linguagem dos humanos, é traduzido como tentativa desesperada de desvendamentos.
Ao olhar o outro, medimo-nos. A imagem nos trai diante do delírio das formas caleidoscópicas que causam uma espécie de desconforto ao nos fazer perceber a volátil matéria que preenche a moldura de carne. E dizemos interiormente: o outro também sou eu.
Ao criarmos- qualquer que seja a matéria de criação-, sugamos ao mesmo tempo de um dado contexto, o veneno e seu antídoto, expulsando para o éter esses duplos que se complementam e se anulam. E é aqui que, muito distantes das palavras, sabemos que tudo isso pertence a nós. E o que é extraído em direção a imaterialidade nos atrai, como o solfejo de uma sereia imaginada que abandona os reinos das águas mais frias e profundas para nos contar dos mistérios dos mundos perdidos e outrora habitados, mas que, no entanto, é resgatado pelos escafandristas que retiram dos armários submersos um grito de socorro que se assemelha ao seu. Ao meu. É uma cópia sonora. Uma paisagem feita de sons. Nesse vácuo, encontramo-nos e abolimos as diferenças, as línguas, as pátrias. E assim, dissolvemos os limites e amalgamamos o mais essencial de cada um. Ad infinitum.
texto escrito por Mauricio de Oliveira para "Os Duplos"
perpetuação da vontade: as construções arquitetônicas feitas de ossos, carne, artérias e veias. E é por meio dessa vontade que não se denomina e que é misturada a outras que contenham o mesmo teor que percebemos uma fala, como eco, uma reprodução que se amplia . Isso, na linguagem dos humanos, é traduzido como tentativa desesperada de desvendamentos.
Ao olhar o outro, medimo-nos. A imagem nos trai diante do delírio das formas caleidoscópicas que causam uma espécie de desconforto ao nos fazer perceber a volátil matéria que preenche a moldura de carne. E dizemos interiormente: o outro também sou eu.
Ao criarmos- qualquer que seja a matéria de criação-, sugamos ao mesmo tempo de um dado contexto, o veneno e seu antídoto, expulsando para o éter esses duplos que se complementam e se anulam. E é aqui que, muito distantes das palavras, sabemos que tudo isso pertence a nós. E o que é extraído em direção a imaterialidade nos atrai, como o solfejo de uma sereia imaginada que abandona os reinos das águas mais frias e profundas para nos contar dos mistérios dos mundos perdidos e outrora habitados, mas que, no entanto, é resgatado pelos escafandristas que retiram dos armários submersos um grito de socorro que se assemelha ao seu. Ao meu. É uma cópia sonora. Uma paisagem feita de sons. Nesse vácuo, encontramo-nos e abolimos as diferenças, as línguas, as pátrias. E assim, dissolvemos os limites e amalgamamos o mais essencial de cada um. Ad infinitum.
texto escrito por Mauricio de Oliveira para "Os Duplos"
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Trajetória de Mauricio de Oliveira
Maurício de Oliveira é diretor da cia Mauricio de Oliveira & Siameses. Regressou ao Brasil em 2005 depois de ter vivido por 11 anos na Alemanha e na Holanda onde realizou importantes trabalhos como coreógrafo e bailarino.
Em 2010 recria "Jardim Noturno" para sua companhia;
Premiado pelo guia do Jornal Folha de São Paulo como a melhor produção do ano de 2010;
Cria "os Duplos" para a São Paulo Companhia de Dança;
Em 2008 foi convidado na The Forsythe Company. "The Mythic Radio Theater" coreografado por Dana Caspersen;
Atua como colaborador e assistente de direção para Alessio Silvestrin com o espetáculo "Polígono" para a SP cia de Dança;
Ainda em 2008, contemplado e premiado como melhor espetáculo de dança no 12º Festival Cultura Inglesa com o solo "Fragile";
Em 2007, coreografa "Khaos" para o Ballet da Cidade de São Paulo; remontou o trabalho "Fabbrica", original da Holanda para o Festival Panorama Sesi de Dança; estreou a coreografia "De.gelo" no Festival Rumos Itaú Cultural e foi contemplado pelo Pac circulação com este mesmo trabalho;
Em 2006, estreou a coreografia "Olhar Oblíquo" com a Siameses no Festival Dança em Pauta no Centro Cultural Banco do Brasil; estréia da coreografia "Agbara" para o Balé do Teatro Castro Alves em Salvador;
Convidado a coreografar o solo " Tempo Líquido" para Maria Alice Poppe - Festival Sesc Copacabana-RJ;
Em 2005, estreou a coreografia " Jardim Noturno " para sua companhia;
Em 2004, coreografou "Orbital Cavities" para a companhia Krsztina de Chatel em Amsterdam;
Em 2003, estreou a coreografia "No( mad)" para o Festival Four Steps Foward em Den Haag; participou da produção "Luxury Item" do coreógrafo inglês Paul Selwyn Norton .
Em 2003/2002, estreiou a coreografia "Fabbrica" para o Ca-dance Festival em Den Haag em uma co-produção Frankfurt Ballet e Korzo Theater;
2002, ralizou um exposição de desenhos/ pinturas no TAT Bockenheimer Depot em Frankfurt, patrocinado por William Forsythe;
De 1999-2003, participou do Frankfurt Ballet dirigido por William Forsythe;
Trabalhou por seis meses na Pretty ugly Dance Company dirigido por Amanda Miller;
1997- Dançou na companhia Jazzex em Den Haag;
1994-1996, integrou-se ao Choreographishes Theater von Johan Kresnik em Berlin;
1993- Balé do teatro Castro Alves-Salvador;
1989- 1992- Balé da Cidade de São Paulo.
Em 2010 recria "Jardim Noturno" para sua companhia;
Premiado pelo guia do Jornal Folha de São Paulo como a melhor produção do ano de 2010;
Cria "os Duplos" para a São Paulo Companhia de Dança;
Em 2008 foi convidado na The Forsythe Company. "The Mythic Radio Theater" coreografado por Dana Caspersen;
Atua como colaborador e assistente de direção para Alessio Silvestrin com o espetáculo "Polígono" para a SP cia de Dança;
Ainda em 2008, contemplado e premiado como melhor espetáculo de dança no 12º Festival Cultura Inglesa com o solo "Fragile";
Em 2007, coreografa "Khaos" para o Ballet da Cidade de São Paulo; remontou o trabalho "Fabbrica", original da Holanda para o Festival Panorama Sesi de Dança; estreou a coreografia "De.gelo" no Festival Rumos Itaú Cultural e foi contemplado pelo Pac circulação com este mesmo trabalho;
Em 2006, estreou a coreografia "Olhar Oblíquo" com a Siameses no Festival Dança em Pauta no Centro Cultural Banco do Brasil; estréia da coreografia "Agbara" para o Balé do Teatro Castro Alves em Salvador;
Convidado a coreografar o solo " Tempo Líquido" para Maria Alice Poppe - Festival Sesc Copacabana-RJ;
Em 2005, estreou a coreografia " Jardim Noturno " para sua companhia;
Em 2004, coreografou "Orbital Cavities" para a companhia Krsztina de Chatel em Amsterdam;
Em 2003, estreou a coreografia "No( mad)" para o Festival Four Steps Foward em Den Haag; participou da produção "Luxury Item" do coreógrafo inglês Paul Selwyn Norton .
Em 2003/2002, estreiou a coreografia "Fabbrica" para o Ca-dance Festival em Den Haag em uma co-produção Frankfurt Ballet e Korzo Theater;
2002, ralizou um exposição de desenhos/ pinturas no TAT Bockenheimer Depot em Frankfurt, patrocinado por William Forsythe;
De 1999-2003, participou do Frankfurt Ballet dirigido por William Forsythe;
Trabalhou por seis meses na Pretty ugly Dance Company dirigido por Amanda Miller;
1997- Dançou na companhia Jazzex em Den Haag;
1994-1996, integrou-se ao Choreographishes Theater von Johan Kresnik em Berlin;
1993- Balé do teatro Castro Alves-Salvador;
1989- 1992- Balé da Cidade de São Paulo.
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
About Jardim Noturno/ Nocturnal Garden
In this work, the Dance Company Mauricio de Oliveira & Siameses explores the notion of a minuscule movement fragmented and broken,as if they honor each cell separately. Armed with extreme sensorial sophisticaton, they search for the essencial gesture, always keeping their sights on simplicity.
However, when this same delicate movement is connected, a very complex and unexpected order establishes itsef, recalling the irregular growth of entagled vegetation.
it is a metaphor for the flourishing of plant life, the secret history, mysterious and subtle.
In Nocturnal Garden, the characters develop in obscurity, trusting the night with its capacity to guard secrets, extracting the lushness that runs through it systems. Only thus empowered, are they able to cross the darkest night of the soul.
Through the work, the company allows the dancers to rescue their own imagination and recreate themselves by trusting in the gift of their own presence, the presence of the here and now which is existence itself.
However, when this same delicate movement is connected, a very complex and unexpected order establishes itsef, recalling the irregular growth of entagled vegetation.
it is a metaphor for the flourishing of plant life, the secret history, mysterious and subtle.
In Nocturnal Garden, the characters develop in obscurity, trusting the night with its capacity to guard secrets, extracting the lushness that runs through it systems. Only thus empowered, are they able to cross the darkest night of the soul.
Through the work, the company allows the dancers to rescue their own imagination and recreate themselves by trusting in the gift of their own presence, the presence of the here and now which is existence itself.
Sobre Jardim Noturno- espetáculo de dança
A companhia explora nesse trabalho, o movimento mínimo, fragmentado, estilhaçado, como se honrassem cada célula do corpo separadamente. Buscam o gesto essencial, coordenado com extrema sofisticação sensorial e, ao mesmo tempo, com um olhar projetado em direção ao simples.
Porém, esse mesmo movimento delicado, ao se integrar ao movimento do outro, estabelece uma estrutura complexa e inusitada onde a interdependência nos remete à idéia do crescimento irregular de um vegetal acoplado ao outro, intercambiando oxigênio. JN trata, metaforicamente, do florescimento dos vegetais, de sua história secreta, misteriosa e sutil.
Em JN as personagens germinam na obscuridade, confiando na noite e na sua capacidade de guardar segredos. Personagens que extraem de seus iguais, o verve que perspassa seus sistemas em forma de resiliência para que progridam na precariedade do cotidiano e atravessem, ao mesmo tempo, noites escuras da alma.
A companhia tenta com esse trabalho, resgatar a imaginação e a habilidade de seus integrantes, de se recriarem assim como sonham seus corpos, se valendo, enfim, do presente de suas presenças e a presença do presente que é a própria existência.
Porém, esse mesmo movimento delicado, ao se integrar ao movimento do outro, estabelece uma estrutura complexa e inusitada onde a interdependência nos remete à idéia do crescimento irregular de um vegetal acoplado ao outro, intercambiando oxigênio. JN trata, metaforicamente, do florescimento dos vegetais, de sua história secreta, misteriosa e sutil.
Em JN as personagens germinam na obscuridade, confiando na noite e na sua capacidade de guardar segredos. Personagens que extraem de seus iguais, o verve que perspassa seus sistemas em forma de resiliência para que progridam na precariedade do cotidiano e atravessem, ao mesmo tempo, noites escuras da alma.
A companhia tenta com esse trabalho, resgatar a imaginação e a habilidade de seus integrantes, de se recriarem assim como sonham seus corpos, se valendo, enfim, do presente de suas presenças e a presença do presente que é a própria existência.
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